sábado, 27 de dezembro de 2008

Tu risa / teu riso ( Pablo Neruda)

Tirame el pan, si quieres,
tirame el aire, pero no
me tires tu risa.
no me tires la rosa
la lanza que deshojas
el ague que de subito
brota de tu alegria
la repentina ola
de plata que en ti nace
mi lucha es dura y regreso
con los ojos cansados
aveces por ver
que la tierra no cambia
pero al entrar tu risa
sube al cielo a buscarme
y me abre todas
las puertas de la vida.
Mi amor ,en los momentos
mas oscuros suelta
tu risa y si de subito
vieras que mi sangre mancha
las piedras de la calle,
rie, porque tu risa
será para mis manos
como una espada fresca.
A la orilla del mar, en el otoño,
tu risa debe erguir
su cascada de espuma,
y en la primavera, amor,
quiero tu risa como
la flor que esperaba
la flor azul, la rosa
de mi patria sonora.
Riete de la noche,
del día, de la luna,
riete de las calles
chuecas de la isla,
riete de este grosero
muchacho que te ama,
pero cuando abro
los ojos y los cierro,
cuando mis pasos van,
cuando vuelvan mis pasos
niegame el pan, el aire,
la luz, la primavera,
pero nunca tu risa,
porque entonces moriria.
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Teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe o céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

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